A qualidade da dieta na infância pode influenciar o risco de desenvolver doenças inflamatórias intestinais (DII) posteriormente. Um estudo abrangendo mais de 81 mil participantes, conduzido nas regiões sudeste da Suécia e na Noruega, investigou a relação entre a qualidade da dieta e a frequência de ingestão de alimentos nos primeiros anos de vida e o subsequente desenvolvimento de DII.
A análise revelou que dietas de média e alta qualidade no primeiro ano de idade estavam associadas a um risco reduzido de DII em comparação com baixa qualidade dietética. A análise ajustada mostrou uma redução significativa no risco. Cada aumento de categoria na qualidade da dieta resultou em uma diminuição adicional no risco.
Os resultados também destacaram a importância da ingestão de peixes, demonstrando uma associação significativa com a redução do risco de DII, especialmente colite ulcerosa. Além disso, o aumento na ingestão de vegetais nesse estágio inicial da vida foi associado a uma redução do risco de DII. No entanto, o consumo de bebidas açucaradas mostrou-se relacionado a um aumento no risco de DII.
Surpreendentemente, a qualidade da dieta aos 3 anos de idade não apresentou associação significativa com o desenvolvimento de DII. Este estudo enfatiza a importância crítica dos primeiros anos na determinação do risco de DII e destaca a necessidade de estratégias nutricionais específicas nessa fase crucial do desenvolvimento infantil.
Em conclusão, este estudo sugere que investir na qualidade da dieta e na introdução de alimentos específicos nos primeiros anos de vida pode ter um impacto significativo na redução do risco de DII.
Para ler o artigo na íntegra, acesse https://gut.bmj.com/content/early/2024/01/02/gutjnl-2023-330971
